5 de setembro de 2014

O Departamento de Comunicação e Imagem do Santa Luzia FC informa que, dentro de alguns dias, esta página ficará indisponível.
Para continuar a acompanhar as nossas notícias deve fazê-lo através do novo sítio oficial que encontra através da ligação www.santaluziafclube.blogspot.com
Obrigada! 

15 de agosto de 2014

NUSKINHA MUDA-SE PARA VIANA DO CASTELO E REFORÇA O SANTA LUZIA



Nádia Almeida, mais conhecida por “Nuskinha”, uma jogadora “frenética” que nunca desiste de um lance e que mobiliza toda a equipa para o bem comum.
É assim que te definimos e é assim que te vemos.

Vieste integrar um grupo de atletas que estão numa curva ascendente da carreira. Tu, certamente, esperavas acabar os teus dias na Rede Jovem Mogege. Houve um infortúnio que te obrigou a reposicionar as tuas expectativas e compromissos futuros. Transformaste a curva da tua carreira numa nova curva ascendente e motivadora.

E neste iato surgimos nós, Santa Luzia.

Conforme nos disse o mister Sérgio Carvalho:

“A Nuskinha era inegociável e manifestou sempre a vontade de acabar a sua carreira desportiva na casa que a ajudou a crescer. Quis o destino que assim não fosse.
Há um misto de sentimentos. A tristeza de vermos um projecto de topo a terminar; a satisfação de podermos trabalhar juntos.
A Nuskinha tem uma grande maturidade competitiva e vem acrescentar essa componente à nossa equipa. Tem uma dinâmica de jogo muito completa, quer a nível defensivo quer a nível ofensivo. É uma jogadora de eleição com quem eu terei muito prazer em trabalhar.”

A tua atitude competitiva cativou-nos.

Tu estás, felizmente, recuperada de uma lesão que te afastou dos últimos jogos da competição. Vens com muita vontade de voltar a jogar e de mostrar que o teu valor está intacto.
Integras um grupo de jogadoras jovens, mas com muito trabalho realizado no último ano.

Podes adiantar-nos quais foram os motivos que te levaram a mudar de ideias, e em vez de abandonares a modalidade, aceitares integrar o nosso projecto?

Não vou esconder que o que aconteceu com a “minha equipa”, a Associação Rede Jovem Mogege, me fez repensar o meu futuro no futsal até porque queria mais que ninguém que o projeto continuasse e desse frutos num futuro próximo. Quis o destino que assim não fosse e recebi a proposta do Santa Luzia com algumas reticências… Queria continuar a jogar com as minhas colegas e isso foi um aspeto determinante na minha decisão. As condições que me foram apresentadas foram fantásticas e foi possível conjugar tudo para que eu ingressasse num clube que tem apostado forte e bem na continuidade do futsal femininno.
Espero poder retribuir tudo o que esperam de mim e ajudar o Santa Luzia a crescer e se possível ganhar títulos com as minhas novas cores. Estou ansiosa por começar porque estive muito tempo parada, mas sinto-me preparada para mais um desafio e espero que juntos consigamos fazer algo bonito este ano.

O teu jogo é um jogo muito bem estruturado. Achamos que tens no teu aspecto defensivo a tua maior arma. Concordas? Como te defines como jogadora?

Quando comecei a jogar futsal, fui preparada pelo meu treinador Bruno Azevedo para conseguir jogar em todas as posições. Ele conseguiu ensinar-me todos os aspetos ofensivos e defensivos que eram necessários para tal. Não sou uma jogadora de fortes desequilíbrios ofensivos e por isso sinto-me melhor a jogar numa posição mais recuada e a partir daí criar espaços com passes de rotura ou mesmo em tabelas simples com as jogadoras mais ofensivas da equipa. Talvez por ser baixinha tenha mais facilidades em roubar bolas mais difíceis e conseguir iludir as adversárias quando estas têm que decidir para que lado “me vão fugir”. Sou uma privilegiada por ter tido treinadores que me incutiram o facto de ter que saber trabalhar bem com os dois pés e sei que isso também é um aspeto muito importante e que me favorece dentro da quadra. Adoro jogar bom futsal e sei que posso fazê-lo com as minhas colegas de equipa, para se possível conseguir por em prático o que de melhor sei fazer.

O Santa Luzia reforçou o seu plantel, acrescentando maturidade à qualidade emergente do nosso plantel. Tu trazes essa maturidade e experiência. Como pensas tu contribuir para a melhoria do jogo da equipa?

Não sou assim tão experiente a nível futsalístico… Jogo há 8 anos, mas joguei vários anos futebol de 11 e tive a felicidade de ir ganhando experiência em todos os campeonatos que joguei. Encontrei na minha “carreira” grandes jogadoras que me ajudaram a crescer e a ganhar maturidade neste desporto. Quero com isto dizer que espero poder fazer com as minhas novas colegas mais novas o que outras jogadoras fizeram por mim. Vou aprender também com elas e espero poder passar-lhes algo que elas possam usar no presente e no futuro como jogadoras e também como mulheres.

Estamos aqui a pensar para os nossos botões: com tantos anos de futsal nas pernas, o que levará a Nuskinha a traçar como metas num futuro próximo? De onde lhe sai a motivação que faz dela uma jogadora de referência?

Apesar de jogar há alguns anos, infelizmente não são muitos os troféus que ganhei… não escondo que quero um dia ser campeã nacional ou ganhar a Taça de Portugal. Espero que ainda vá a tempo de alcançar um destes objetivos e se possível neste clube.

E por conseguinte, diz-nos tu que objectivos definiste para a tua estada no Santa Luzia?

Exatamente como atrás referi, quero tentar vencer uma das competições nacionais. Quero ganhar sempre como qualquer atleta, mas também se sabe que o campeonato está muito competitivo e longo e será um objetivo para tentar cumprir nos próximos anos.

Até onde achas que podemos ir esta época?

Espero que longe. Sei que temos uma equipa bastante equilibrada, o que é muito importante, com atletas experientes e jovens jogadoras com sede de ganhar. Acho que o objetivo inicial é tentar passar a primeira fase e depois ir jogo a jogo. Na Taça de Portugal é chegar o mais longe possível e tentar a final four. Se tudo correr bem e não houver contratempos, vamos longe.

O Santa Luzia tem uma ambição de deixar a sua marca no futsal português e, muito pronunciadamente, no futsal de Viana do Castelo. Podes dizer-nos como era visto por fora o Santa Luzia?

Joguei poucas vezes contra o Santa Luzia, mas das vezes que joguei deu para ver que é uma equipa bastante organizada e com um apoio dentro e fora da quadra que impressiona. Os adeptos são assíduos e puxam muito pela equipa. Cresceram muito de há dois anos para cá e espero que assim continue.

Quais, no teu entendimento, foram os pontos fortes da nossa equipa na época que terminou?

A nível do jogo acho que a combinação da experiência das atletas mais antigas com as mais jovens que demonstraram grande qualidade foi um aspeto que o mister Sérgio conseguiu trabalhar muito bem. A nível “externo”, a organização do clube foi fundamental para chegarem onde estão hoje.

O campeonato nacional estará diferente na próxima época. Subiram novas equipas, com novas ambições e com novas jogadoras cheias de motivação para “mostrar serviço”.
Como analisas tu o actual estado do futsal feminino quanto ao nível e quantidade de praticantes da modalidade?

Como disse anteriormente, joguei vários anos futebol de 11 e o campeonato era muito pouco competitivo. Poucas equipas, poucas praticantes e pouca motivação pela falta de apoios que havia. Quando mudei para o futsal vi que as coisas eram diferentes… muitas equipas, muita competitividade e muita qualidade nas praticantes. O futsal feminino evoluiu bastante e continua a evoluir, as equipas reforçam-se sempre muito bem e isso é um aspeto determinante para que a qualidade aumente em todos os aspetos.

Tu foste uma jogadora que vieste do futebol há muitos anos atrás, tendo inclusivé representado a nossa selecção nacional sub-19.
Hoje já há, na nossa opinião, um modelo de jogadora de futsal, resultante do trabalho (pouco) de formação que se faz pelo país. Concordas?

Sim, sem dúvida. “Na minha altura” não existia formação no feminino, as atletas começavam aos 14 anos como seniores e isso não ajudava a que evoluíssem corretamente. Todas precisamos do nosso tempo para assimilar conceitos e ganhar maturidade desportiva e isso era impossível, lançavam-se as miúdas sem bases para o meio de jogadoras já formadas e experientes.
Hoje em dia, e felizmente, já existe formação (mesmo sendo pouca) e na minha modesta opinião, penso que a peça chave para que a qualidade aumente e melhore de ano para ano.

Relativamente à competitividade do campeonato nacional, como perspectivas que será o nível da próxima edição?

Penso que será igual ou melhor do que no ano transato. A época passada foi de experimentação e ainda assim conseguimos mostrar a muita gente que há imensa qualidade e competitividade no futsal feminino. Este ano, com mais experiência de todas as equipas, penso que será ainda melhor, pelo menos é o que espero. É fantástico chegar ao final da época e sentir-se que conseguimos proporcionar grandes espetáculos aos adeptos que tiraram um bocadinho do tempo deles para nos irem ver e ajudar a fazer crescer também o futsal feminino.


E, por último e não menos importante, quais são as tuas expectativas relativamente ao desempenho da nossa equipa – Santa Luzia – no próximo campeonato?

As melhores!! Estou motivada e cheia de vontade que comece o campeonato para podermos mostrar a quem ainda “desconfia” de nós que seremos uma equipa forte e a ter em conta. Tentar vencer um jogo de cada vez e chegar o mais longe possível na taça e no campeonato.

12 de agosto de 2014

MELISSA PASSA O SEU QUARTEL-GENERAL PARA VIANA DO CASTELO E É REFORÇO DO SANTA LUZIA





Veja o que a Melissa disse ao departamento de comunicação sobre a sua decisão de representar o Santa Luzia, sobre o estado actual do Futsal Feminino Português e sobre o Futuro da Modalidade.

Melissa Antunes, tu és uma das mais talentosas e internacionais jogadoras Portuguesas de Futsal a jogar no nosso campeonato.
Evoluída tecnicamente, dona de um drible muito difícil de travar, e com uma visibilidade de jogo que te transforma numa das jogadoras mais fortes da modalidade. Tens o prazer de ser uma presença assídua nos trabalhos das Selecções Nacionais Universitárias e AA.
Aproveitamos para te entregar os Parabéns pela tua nomeação para o 5 ideal do Campeonato do Mundo Universitário, de onde tu acabas de chegar após 24 dias de trabalho. No meio de tantos elogios e qualidades, emerge uma personalidade humilde, esforçada, muito trabalhadora e detentora de um espírito de grupo assinalável – Melissa.
Tu chegas, como nos disseste, com muita vontade de vencer e de dar seguimento à tua entusiasmante carreira. Integraste, com memorável simplicidade, o nosso grupo de excelentes atletas. Dissestes nas tuas primeiras palavras públicas, que estavas muito segura e serena da decisão que tomaste e que só quem não estava atento ao nosso trabalho, é que poderia ficar admirado com a tua escolha. São palavras de reconhecimento, como as tuas, que nos motivam para estruturarmos, ano após ano, o projecto. Obrigado.
Reconheceste o nosso trabalho e nós mostramos que gostamos muito do teu, com a tua contratação ;)
Bem vinda e Boa Sorte Melissa.

O mister Sérgio Carvalho, após nós o termos convidado a responder a algumas questões, teve a cortesia de nos dizer sobre ti:

“A Melissa é uma atleta (e não jogadora como ela sabe tão bem diferenciar), uma das players que eu mais aprecio e que contribuiu imenso para que todos os agentes amem a modalidade onde trabalhamos. Tem uma auto disciplina muito forte, preocupa-se em ter o seu corpo sempre ao melhor nível para que o seu desempenho seja, sempre, elevado e, para além disso, tem uma enorme vontade de vencer. Trabalha fora e dentro da quadra como ninguém. Um exemplo para as mais novas e para quem acha, como eu, que chegando ao topo, o mais difícil e mantermo-nos lá.
O Santa Luzia é um grupo onde o trabalho impera e onde a ambição está presente desde o primeiro dia do actual projecto. A Melissa é isto em pessoa: trabalho, ambição, determinação. Por conseguinte, o casamento de personalidades foi imediato.”

Tu és uma das atletas Portuguesas que mais força fizeram para que o campeonato nacional de futsal feminino fosse uma realidade. Fazes parte de uma geração de jogadoras de elevado nível e que tão bons resultados têm obtido a nível internacional, especialmente se levarmos em linha de conta a fraca competitividade que tinham as nossas competições distritais que ocorriam pelo país.
Bom, o Santa Luzia representa uma região do país onde o futsal feminino ainda tem muito por fazer e onde muito está por discutir. É certo que estamos a dar o máximo que conseguimos para mostrar a todos que é possível fazer sempre mais e melhor e que o facto de não sermos do Porto ou Lisboa, não é factor impeditivo de se criarem e sustentarem bons projectos. Tu, aliás, jogavas na associação de futebol de Braga e a prova disso é que haviam duas grandes equipas que muito elevaram o futsal feminino interno e além fronteiras.
Infelizmente a tua equipa, Rede Jovem Mogege, viu o seu fim chegar e veio deixar uma vaga difícil de preencher e de igualar na modalidade. O que é certo é que do grupo que fazias parte, havia muitíssima qualidade e um grupo de atletas com muito valor, não só como desportistas mas também como pessoas. Prova disso, nós recebemos algumas pessoas desse bom grupo e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que a integração das que chegam, com as atletas que já constituíam o grupo de trabalho, seja perfeita. Bem sabemos de que no que depender de ti, a integração está feita!
Feita esta nossa, importante, introdução, passemos então à entrevista onde viajaremos sobre o teu passado, mas fundamental e essencialmente, sobre o teu presente e futuro.

Começamos por te perguntar como é que tu viste a mudança na modalidade e como perspectivas o futuro?

Primeiramente, antes de responder a qualquer questão, gostaria de agradecer ao treinador Sérgio Carvalho por toda a amabilidade, cordialidade e consideração demonstrada após a não participação da ARJ Mogege no Campeonato Nacional. Queria, de igual modo, agradecer a toda a direção do Santa Luzia Futebol Clube pelos esforços reunidos para proporcionarem as melhores condições às atletas.
Relativamente à mudança na modalidade, na minha perspetiva, a forma séria e profissional demonstrada por vários clubes, a qualidade exibida pelas atletas e os resultados obtidos pela nossa seleção ao nível internacional “exigiam” novo quadro competitivo. O Campeonato Nacional e a Taça de Portugal acabaram por ser duas competições que vieram trazer mais competitividade e brio ao futsal feminino. Estes factos são notórios, mas não suficientes para afirmarmos que o futuro da modalidade será brilhante. Espero que a modalidade continue a sua evolução, sem nunca esquecermos que só haverá condições para haver evolução se a mesma for sustentada.

Na próxima época o campeonato nacional ainda vai ser disputado em duas fases: uma com 8 equipas a norte e 8 equipas a sul.
As 4 primeiras de cada série, disputarão os play-off para se apurar o campeão nacional e aqui, nesta fase, a competitividade aumenta muito e qualquer escorregadela pode ser fatal.
No teu entendimento, achas que está bem assim o formato ou seria, ainda, mais interessante que o campeonato nacional fosse com uma única série de 16 equipas?

Para poder responder de forma coerente a esta questão, seria necessário fazer primeiro, uma análise cuidada para se encontrar uma solução sustentável a nível económico, social e político. Eu, enquanto atleta, não sou a pessoa indicada para responder a essa questão, mas penso que série única de 16 equipas exigirá mais em termos financeiros e humanos. Estaremos preparados para dar esse passo?! Na minha opinião temos que dar passos pequenos e sólidos. É importante trabalharmos com o máximo de profissionalismo, paciência e esperança, demonstrando, com persistência aos principais agentes que vale a pena apostar no futsal feminino. Creio que, apenas após esta conquista conseguiremos, um dia, ter um campeonato com uma única série de 16 equipas.    

Pode não parecer importante o teor da pergunta anterior, mas nós trabalhamos para que o futuro do campeonato passe pelo mesmo formato que é aplicado ao masculino da 1ª divisão nacional. Mas não chega só pedir, é necessário agir.

E é aqui que entronca um sentimento que tu podes aproveitar para falar um pouco sobre ele: quais, e se achas que existem, as principais melhorias que as jogadoras de futsal têm de fazer na sua mentalidade para que todos passem a olhar da mesma forma para a competição feminina?

- A mentalidade, em alguns aspetos, trabalha-se, mas noutros faz parte da forma de ser e estar da própria pessoa. Acho que estamos numa fase de crescimento do futsal feminino em que devemos todas ajudar a esse crescimento... ajudar não só dando a nossa qualidade mas também não exigindo demais dos Clubes. Não podemos exigir coisas absurdas se depois não tivermos o compromisso de sermos atletas em vez de apenas jogadoras. Neste aspeto eu estou completamente à vontade para falar pois como já foi referido acima pelo mister Sérgio, eu trabalho para ser atleta e não apenas jogadora. Há um compromisso sério que temos de fazer com a modalidade e com o Clube, respeitando-os para sermos respeitadas. Muito sinceramente gostava de ver as jogadoras de futsal a trabalhar mais neste sentido. 

Achas que as jogadoras já perceberam o caminho que está a ser trilhado? Achas que já perceberam que nada devemos ao masculino?

Sinceramente acho que sim... este ano ficou isso demonstrado. Temos de estar melhor preparadas porque o desafio é cada vez maior. Há naturais diferenças para o masculino, mas também acho que temos de conquistar o nosso espaço e não viver de comparações que em nada favorecem o feminino.

Temos jogadoras, nomeadamente as que têm estado ao serviço das nossas selecções nacionais, pretendidas por vários clubes europeus de topo. Algumas, inclusive, já deixaram o nosso campeonato, rumo a outras paragens. Tu tens sido constantemente convidada para sair do país e trabalhar em clubes de topo. Tens sido uma resistente. O que tem feito ficar entre nós?

Sim, tenho resistido a convites de Espanha, Russia e Itália. São campeonatos distintos uns dos outros e em qualquer um deles poderia ter uma experiência diferente. Agradeço muito as possibilidades que tenho tido dado que se não fossem vários os fatores que me têm feito ficar por cá, já poderia ter visto num convite uma oportunidade. A verdade é que não vivo para o futsal embora trabalhe e dedique diariamente horas do meu dia ao meu corpo e dessa forma indiretamente ao futsal. Sou consciente das coisas e sei que tenho um percurso profissional para construir que passa por outros objetivos concretos que tenho para a minha vida. Como penso assim, acho que enquanto puder devo também ajudar na evolução do futsal em Portugal, até porque acredito muito no potencial das atletas portuguesas. A acrescentar a isto gosto muito de estar entre os meus, porque são o meu equilíbrio e gosto de me sentir bem para viver feliz. Pese embora tudo isto, não ponho de parte uma experiência futura em Itália, se assim entender que, em determinado momento, isso me fará feliz. 

Quais os conselhos que podes deixar para as atletas mais novas, que possam estar a ler o teu testemunho, e que queiram chegar ao mais alto nível?

Precisamente aquilo que eu defendo, que se preocupem em ser atletas em vez de apenas jogadoras. Que trabalhem bem, acreditem e confiem conscientemente nas suas capacidades porque só assim se consegue ir longe. Seguidamente que conquistem a capacidade e trabalho e a perseverança, porque o sucesso aparece nesta sequência. Depois que entendam que para se ser atleta são precisos sacrifícios e que pensem se estão preparadas para os fazerem. Posso dizer que o gozo que dá atingir performances elevadas, assim como a satisfação de atingir os objetivos e de poder proporcionar o melhor de nós a quem assiste e a quem nos apoia, vale qualquer sacrifício. Finalmente um conselho... não se prendam demasiado aos títulos porque a felicidade da conquista está nas coisas mais simples da vida.

Sobre o próximo campeonato nacional, a competitividade está assegurada, pelas notícias que temos lido sobre as mexidas no mercado.

Como antevês a próxima edição da prova?

A julgar pela aprendizagem efetuada nesta 1ª edição, acredito que a equipa com o plantel mais equilibrado, no que diz respeito às competências do jogo e futsal, estará mais próxima de vencer a prova. Prevejo uma edição tanto ou mais competitiva, pois os clubes retiraram as mesmas conclusões, tentado reforçar-se.

O ano que agora terminou, o campeão nacional surgiu fruto de um notável espírito de trabalho e de determinação. O Golpilheira foi um justo vencedor, numa prova de regularidade assinalável. Isto faz-nos reflectir sobre a importância da constituição do plantel.
A nossa humildade é tremenda. Não queremos dizer que lá chegaremos, queremos é trabalhar para que um dia isso possa ser possível e Viana fique definitivamente na rota do futsal nacional. É isto que nos move a todos por cá.

Como vês tu o futuro próximo do Santa Luzia, tendo em conta o grupo de trabalho que tu agora integras, isto é, perspectivas uma boa equipa?

O Santa Luzia, na época transata, com o mister Sérgio, conseguiu já mostrar um futsal de muito bom nível, fruto do seu trabalho mas também da qualidade das atletas que foi sendo potenciada. E quem trabalha para potenciar ao máximo as atletas arrisca-se a ser feliz. Neste sentido o que posso dizer é que, juntando as atletas que já estavam no Santa Luzia com os novos reforços, só posso perspetivar coisas boas. No que depender de mim trabalharei sempre no limite para me poder apresentar no máximo desempenho e honrar a camisola. Quero muito ajudar porque se todas ajudarmos, com humildade e com trabalho, podemos chegar muito longe. 

Quais pensas que vão ser os maiores desafios da equipa assim que arranquem os trabalhos?

Acho que no início tudo vai constituir um desafio. Olhando para o plantel não poderia estar mais satisfeita, mas acho que o maior desafio inicial é mesmo o de criar entrosamento, porque há muitas atletas novas e, ao mesmo tempo, fazer com que todas se ajustem da melhor forma ao modelo de jogo da equipa e se adaptem também à própria filosofia do Clube.
No que a mim diz respeito, adoro desafios porque acho que são eles que mantêm o nosso estado de alerta máximo e a motivação em alta. O meu desafio, além dos já referidos, é estar ao nível das exigências para poder ajudar o máximo que possa.

És muito segura no teu jogo. Os teus dribles são estonteantes, os teus apoios ao 2º poste são difíceis de igualar. Mas tu, perfeccionista e trabalhadora como és, deves achar que ainda tens muito para evoluir. Já deves ter estabelecido metas nesta tua nova experiência.
Podes partilhá-las com os nossos leitores?

A evolução tem de ser uma constante, é isso que defendo e como tal procuro evoluir sempre. Desta vez não vai fugir à regra. Acho que há sempre espaço para melhorar. Pretendo melhorar na tomada de decisão, aspeto tão falado atualmente no futsal e que, a meu ver diferencia os atletas e também pretendo melhorar nos aspetos táticos e até técnicos porque não chega nascermos com habilidades naturais, é necessário que as mesmas sejam trabalhadas para que se possa tirar o melhora partido delas.

O Santa Luzia tem como imagem de marca, um forte trabalho táctico efectuado ao longo deste último ano. Em que medida achas tu que o Santa Luzia pode ajudar a melhorar o teu jogo?

Durante a minha formação fui alvo de muitas críticas, algumas duras e até irresponsáveis face à minha tenra idade, devido ao meu estilo de jogo, enquanto jogadora individualista. O meu potencial era evidente, mas aos olhos de muita gente nunca seria capaz de colocar as minhas capacidades em prol do funcionamento coletivo, nem singraria enquanto atleta. Felizmente muita coisa mudou e as minhas experiências contrariaram os mais críticos. Tive sempre gente ao meu lado que me ajudou a melhorar e a atingir o patamar que hoje me encontro. Quando se deu a possibilidade de representar o Santa Luzia um dos aspetos que pesou na minha decisão foi precisamente porque sei que vou para um sítio onde poderei seguir o mesmo padrão de melhoria.

E para terminar, Melissa, antes mesmo de te agradecer o tempo que dispensaste a esta nossa entrevista, gostaríamos de saber como perspectivas tu o desempenho do Santa na próxima edição do campeonato?

Antes demais eu é que agradeço a possibilidade de partilha que me é dada e as vossas palavras que muito me honram. Respondendo à questão, acho legítimo que possamos pensar que podemos ter um bom desempenho e não seria verdadeira se não dissesse que sinto que podemos passar à 2ª fase da prova e depois tudo é possível, até porque temos um plantel bem estruturado, onde o equilíbrio é notório. Nem penso noutra coisa que não seja ajudar o Santa Luzia, como dizem acima, a entrar na rota do futsal nacional. Aliás para mim já estava a entrar nessa rota antes, precisamente pelo excelente trabalho que vinha a ser desenvolvido e por isso quis fazer parte dele. Aliás já o disse antes que estou feliz e certa da minha escolha. Agora entrei de férias e vou descansar de forma a que possa voltar bem, porque a motivação para trabalhar com as novas colegas está em alta. O resto acontecerá naturalmente.



PELO FUTSAL FEMININO!

SANTA LUZIA FC

8 de agosto de 2014

SÓNIA COELHO É REFORÇO DO SANTA LUZIA E VOLTA À RIBALTA



MAIS UMA INTERNACIONAL DE REFERÊNCIA CHEGOU AO SANTA LUZIA

Sónia Coelho, uma das mais experientes e internacionais Portuguesa de Futsal, fará parte do plantel às ordens de Sérgio Carvalho que irá disputar o campeonato nacional da próxima época.

Uma fixo que tem na sua leitura de jogo e na voz de comando, duas das suas principais características, vem acrescentar à equipa a necessária dose de maturidade que complementa a irreverência e a juventude que já existia do nosso grupo.

Bem-vinda Sónia e esperamos sinceramente que a tua adaptação ao clube seja a melhor possível. Nós tudo faremos para o conseguir.

Disseste nas tuas primeiras palavras em público, já com a camisola do Santa Luzia, que vinhas com muita vontade de vencer e que tinhas aceite o convite pela solidez do projecto e pelo conhecimento próximo que tinhas da equipa técnica.

Transcrevemos o que o mister Sérgio Carvalho nos disse sobre ti:

“A Sónia Coelho é uma das mais experientes jogadoras de futsal que alguma vez conheci e com quem, já, tive o prazer de trabalhar. Tem uma personalidade competitiva e humana muito fortes. Para além disso, reúne a simpatia de todas as suas colegas do plantel. Muito importante este factor para a rápida adaptação.
O ano passado estivemos a um passo de selar este compromisso, mas a sua vida profissional não o permitiu. Felizmente que agora desbloqueamos esta situação e vamos poder contar com a Sónia”.

Sónia, o Santa não podia estar mais satisfeito com a tua contratação, e como acabaste de ouvir nas palavras do nosso treinador Sérgio Carvalho, diz-nos tu, por favor, o que te levou  a aceitar representar as nossas cores no campeonato nacional?

O que me levou a aceitar o convite para jogar no Sta Luzia foi o projeto para a próxima época; o leque de jogadoras que estão e das que se juntarão à equipa, mas o fator que mais contribuiu foi o Sérgio Carvalho ser o treinador. Uma vez que já tinha sido atleta dele e gostei de trabalhar com ele, este era um desejo dos dois já desde a época que terminou, e estou muito feliz que finalmente se tenha concretizado.

Sendo tu uma jogadora que lutou durante anos para que o dia da criação do campeonato nacional de futsal feminino surgisse, como podes tu descrever o crescente aumento de qualidade e de competitividade do mesmo?

É com muita satisfação que vejo o futsal feminino a ganhar cada vez mais força e lugar de destaque no desporto nacional. A criação do campeonato nacional é exemplo disso e consequentemente este trouxe maior competitividade. Verifico também que a qualidade do futsal praticado pelas equipas tem vindo a melhorar, contudo, na minha opinião não é generalizado, ainda há equipas que trabalham mal e pouco e resultado disso acabam por desistir ou nem querem subir à 1ª divisão. A qualidade pode ser vista de duas formas: 
- qualidade de uma equipa que a nível técnico - táctico trabalham muito bem, têm disciplina, organização, boa leitura de jogo, etc; --- ou equipas que têm qualidade mas a nível individual, vivem do rendimento de uma ou duas atletas que fazem a diferença, mas que não deixa de ser qualidade.
No que diz respeito às gerações mais novas que ascendem às seniores temos vindo a assistir, felizmente, a um leque de jogadoras com muito boa qualidade. A razão da formação é mesmo esta: formar atletas para mais tarde fazerem parte das seniores. Penso que os clubes têm apostado na contratação de pessoas com conhecimentos e formação e estes dois fatores, e não só, fazem com que a qualidade das gerações mais novas tenha vindo a aumentar.

Acompanhaste o ano passado o desempenho da nossa equipa e estiveste, até, muito próximo de entrar no nosso projecto. Quais, na tua opinião, são as principais características da nossa equipa?

O Santa luzia é uma equipa relativamente nova, é uma equipa que não estava habituada a um campeonato tão competitivo como encontrou a época passada. Acompanhei alguns jogos e posso dizer que o Sta luzia superou as expetativas, para quem pensava que iriam ser "massacradas" porque vinham de um campeonato menos competitivo enganaram-se, é uma equipa lutadora e que nunca baixa os braços. Por outro lado revelou imaturidade e isto, talvez, fruto da equipa ser muito jovem. Penso que a época que terminou serviu para aprender. 

És uma fixo muito segura. Os teus apoios ofensivos são, porventura, dos mais pensados a nível nacional e garante da estabilidade do teu jogo. A tua leitura de jogo é constante e o teu comando do mesmo é uma marca do teu perfil. O que te perguntamos é em que medida achas que o teu jogo vem ajudar a equipa?

O meu jogo passa sobretudo pela comunicação, e isto sempre aprendi desde tenra idade que é muito importante para a equipa, pela leitura de jogo quer nas ações ofensivas e defensivas. Essencialmente espero trazer à equipa mais maturidade, mais tranquilidade e melhorar a tomada de decisões. Não estou à espera de só ensinar ou ajudar, como sempre, estarei disposta a aprender e ouvir as mais novas, pois tenho a certeza que terão sempre alguma coisa para ensinar.

Como já tivemos oportunidade de perguntar a outras colegas tuas, também tu, certamente, tens objectivos pessoais para atingir. Podes adiantar-nos quais são as tuas metas?

A nível pessoal espero, e trabalharei para tal, estar bem física e emotivamente, pois para mim uma complementa a outra. Quero estar bem fisicamente para poder dar resposta ás exigências deste campeonato; por outro lado estando eu bem física e emotivamente a equipa também beneficia com isso na medida em que maior qualidade terá a equipa.

Já fizeste parte de planteis muito competitivos. Este ano vieste integrar o nosso, que será o mais forte e completo, de sempre, da história do Santa Luzia. Inclusive já jogaste com algumas das jogadoras que o vão constituir.
Como perspectivas tu o desempenho do Santa na próxima edição do campeonato?

Face às jogadoras que o Santa Luzia terá na próxima época, penso que iremos lutar para sermos campeãs. Teremos uma equipa constituída por jogadoras jovens e mais maduras que terão, e porque conheço-as todas, muita vontade, entrega, espírito de equipa e sacrifício e depois a nível individual teremos jogadoras que desequilibram muito, mas acima de tudo penso que o que ressaltará será o trabalho coletivo.

7 de agosto de 2014

MARINA RENOVOU. A DEDICAÇÃO E O ESFORÇO CRIARAM UMA PIVÔ DE REFERÊNCIA


TRABALHOU COMO POUCAS E O SANTA RECONHECEU - RENOVAÇÃO FOI CONSEQUÊNCIA


Marina Peixoto, desejar-te as maiores felicidades e agradecer-te o empenho e a dedicação que tens tido connosco, é pouco.

Tu és um produto do esforço e da determinação!

Um orgulho e um verdadeiro exemplo, várias vezes repetido pelo nosso técnico Sérgio Carvalho, bem como por toda a estrutura directiva.
Tu és uma pivô com características raras. Muito forte fisicamente, com imensa facilidade em jogar com os dois pés, estendendo essa capacidade, inclusive, à vertente finalização.
Deste um contributo magnífico à equipa na passada temporada, afirmando-te como uma jogadora imprescindível para o técnico Sérgio Carvalho.
Certamente que vais querer continuar a mostrar que podemos confiar em ti e não vais querer, apenas, ficar a saborear o que de bom fizeste na passada temporada.

Temos alguma curiosidade em saber, pelas tuas palavras, como viste o teu crescimento e a melhoria, significativa, no teu rendimento como pivô?

Apesar do início da época ter sido complicado para mim, onde adaptação ao modelo de jogo, o meu rendimento como pivô e a minha motivação não estavam ao melhor nível, só posso estar feliz por chegar ao fim da mesma na melhor forma. Quero agradecer às minhas colegas pelo apoio que me deram durante toda a época, pela força quando nada corria bem e pela felicidade que mostravam ter por mim quando tudo me corria da melhor maneira. Agradeço também ao nosso treinador pela persistência e por todo o trabalho que realizou comigo.

Quanto ao meu crescimento e melhoria do rendimento como pivô foi sem dúvida um processo dito “exponencial”, onde com trabalho e dedicação consegui alcançar os objetivos que pretendia. Apesar do esforço para conseguir estar presente nos treinos, visto ter que me descolar de Aveiro para Viana, de ter alguns treinos e jogos onde não estava nas melhores condições psicologicamente, as coisas foram surgindo. Penso que o facto de ter traçado objetivos pessoais e coletivos tornou tudo mais fácil, foquei-me e trabalhei sempre em função disso.

E como tu és do tipo: “antes quebrar que torcer”, diz-nos como esperas que vai ser o teu desempenho no próximo campeonato?

Espero ter um desempenho acima do que tive na época passada, irei traçar objetivos  pessoais mais elevados e trabalhar em função deles, bem como em função dos da equipa. O facto de ser do tipo “antes quebrar que torcer” penso que foi o que me ajudou a montar o “puzzle” que tive na época passada e assim dar o salto. Desistir porque correu mal ou porque trabalhar tarda a compensar, não é a minha maneira de ver as coisas, por isso esta época farei por dar continuidade ao trabalho da época passada e ter assim um desempenho que contribuía para o sucesso do Santa Luzia.

As tuas ambições terminam onde? Numa manutenção no campeonato nacional? Nos play-off? A tua atitude competitiva é contagiante. Até onde queres ir tu?

Apesar da época passada ter sido o nosso ano “zero” e de termos noção das dificuldades sempre trabalhamos para ir o mais longe possível. Infelizmente não jogamos nos play-off nem conseguimos passar dos quartos de final da Taça de Portugal, mas penso que foi um ano onde o trabalho foi imenso, onde se formou um grupo coeso, com métodos e um modelo de jogo definido e portanto é óbvio que este ano tenho ambição de jogar os play-off e ver o Santa Luzia entre as melhores equipas do campeonato.  Ter ambição de ir mais longe penso que só faz com que a nossa atitude e determinação sejam ainda maiores.

Num plano colectivo, factor que tu privilegias muito (estás sempre pronta para trabalhar e, também, na linha da frente para os convívios de grupo), como tens sentido o crescimento da equipa neste último ano?

Sendo este último ano o ano “zero”, a nível de introdução do modelo de jogo e de todos os métodos de trabalho, como disse anteriormente, penso que só contribuiu para que o crescimento fosse no sentido positivo. Formou-se uma equipa com jogadoras da época passada e outras vindas de outros clubes e desde o inicio que um dos objetivos, muito bem cumprido, foi de ter um balneário “saudável”. Penso que é um fator bastante importante, que alinhado ao trabalho, faz com que os objetivos principais da equipa sejam atingidos. O facto de no Santa Luzia sempre se ter conciliado os convívios de grupo com o trabalho contribuiu para um grande crescimento coletivo, mesmo existindo altos e baixos ao longo da época.

E como perspectivas tu o próximo campeonato nacional?

A época passada cumprimos o objetivo de garantir a manutenção no campeonato nacional, como já disse foi criado um projeto que com trabalho teve um crescimento exemplar. Penso que agora que os primeiros passos foram dados só temos que traçar os nossos objetivos para o próximo campeonato nacional, mantendo os pés assentes no chão, e continuar o nosso trabalho sempre em função disso, é neste sentido que perspetivo o próximo campeonato nacional.

As tuas características como pivô, raras como atrás referimos, são importantes na dinâmica ofensiva do Santa Luzia. Mas o modelo de jogo que a equipa praticou, pedia de ti, muito trabalho defensivo. Como te conseguiste adaptar às novas regras de trabalho ministradas pela equipa técnica?

Existiram vários factores para que isso fosse possível, houve um trabalho treinador/jogadora importantíssimo para que me conseguisse adaptar, houve colegas de equipa com qualidade técnica e táctica que me possibilitou por em prática as minhas características bem como o trabalho que realizei ao longo da época.

Nós já manifestamos a nossa opinião sobre o teu jogo. Importa-nos saber como é que tu vês os teus pontes fortes? Quais são?

O facto de nunca desistir mesmo quando corria mal, de ser persistente e procurar mesmo num minuto contribuir para o sucesso do Santa Luzia, tornou-se o meu ponto forte para assim trabalhar em todos os outros. Insistir em trabalhar a minha condição física ajudou-me bastante na adaptação das novas regras de trabalho impostas pela equipa técnica, contribuindo para por em prática outras capacidades.

E, por último e não menos importante, quais são as tuas expectativas relativamente ao desempenho da nossa equipa – Santa Luzia – no próximo campeonato?

Iremos dar continuidade ao trabalho da época passada, com toda a certeza que as novas contratações serão introduzidas e bem recebidas no projeto e assim, traçando os nossos objetivos, penso que teremos um bom desempenho no próximo campeonato.

6 de agosto de 2014

JÚ FAZ DO TRABALHO A SUA MARCA E CONVENCE O SANTA LUZIA


UMA AGRADÁVEL SURPRESA

Olá Jú.

Tu és uma jogadora com larga experiência desportiva. Foste internacional de futebol, como muitas das jogadoras que transitaram para o Futsal e que deram corpo à nossa modalidade.

Estiveste o ano passado ao serviço do Rio Ave e após o fecho do mercado, estiveste a trabalhar connosco.

Treinaste muito, deste tudo o que estava ao teu alcance, e a equipa técnica foi incansável em elogios ao teu trabalho. Chegaste “presa”, com grande dificuldade de adaptação ao ritmo competitivo da nossa equipa, mas fizeste tudo o que podias, e o que o teu corpo deixava, para chegares a um bom nível. E conseguiste, pelos vistos, uma vez que convenceste o mister Sérgio Carvalho a autorizar a tua contratação.

Parabéns.

Nunca é tarde para sonhar! É sempre cedo mas é para desistir!

Muito boa sorte Jú.

Trazes contigo ideais. Trazes contigo ambições. Definiste para ti metas e compromissos.
Queres-nos falar sobre isso?

Antes de mais quero agradecer a oportunidade de fazer parte deste grupo, a forma como me receberam e trataram foi excepcional (jogadoras e equipa técnica). Como se costuma dizer fecham-se portas mas abrem-se janelas e o Santa Luzia foi isso mesmo uma janela que se abriu num momento complicado da minha vida. Tenho consciência que a concorrência no plantel é muito forte mas isso servirá de motivação extra, só me resta trabalhar para poder ser uma opção e ajudar a equipa a atingir os objectivos. 


Gostaríamos de saber o que te levou a querer vir para o Santa Luzia e a defenderes o teu trabalho com tanta garra e motivação?

Eu saí do Rio Ave a meio da época passada e ainda estive um mês sem treinar foi aí que surgiu a oportunidade de treinar no Santa Luzia para recuperar e manter a forma. Desde cedo percebi que a equipa tinha muita qualidade além disso a forma como trabalhavam agradava-me bastante. Felizmente as coisas correram bem e o mister Sérgio começou a dar-me a entender que  poderia fazer parte da equipa. Quando se faz o que se gosta e quando isso é feito com quem sabe o resultado só pode ser positivo. Como tal não poderia deixar escapar a oportunidade de pertencer a este grupo onde sinto que gostam do meu trabalho e onde sei que poderei evoluir daí treinar sempre com garra e motivada em fazer mais e melhor.

Estiveste a última época a acompanhar de perto o campeonato nacional de futsal feminino. Como poderás tu defini-lo quanto à sua competitividade?

Do que vi o que posso dizer é que é um campeonato muito forte, com um ritmo elevado e as equipas estão cada vez mais equilibradas.
Na minha opinião já não basta ter uma jogadora que faça a diferença é preciso ter um colectivo forte onde trabalho e união prevaleçam.

E como prevês que o nosso Santa Luzia se vá comportar na próxima edição, que já está aÍ à porta?

Acredito sinceramente que possamos fazer um bom trabalho, nós já tínhamos um grupo com qualidade e com a chegada das novas atletas a qualidade aumentou e muito, temos uma equipa técnica muito competente onde todo o trabalho é feito ao pormenor por isso temos tudo para fazer uma boa época.

Agora vamos lá a ver se tu sabes falar sobre ti ;)

Como te defines como jogadora? Diz-nos quais são as tuas principais características.

A minha principal característica é a garra que levo pra dentro do campo não tenho medo do choque, como joguei muitos anos futebol 11 aprendi a usar o corpo tanto a defender como a atacar, consigo proteger bem a bola e rodar com alguma facilidade na posição de pivô é algo fundamental.

E, por último e não menos importante, quais são as tuas expectativas relativamente ao desempenho da nossa equipa – Santa Luzia – no próximo campeonato?

As minhas expectativas são ver o Santa Luzia discutir os lugares do pódio do campeonato nacional, como já referi temos um grupo com muita qualidade além disso temos uma equipa técnica que trabalha arduamente para que nada nos falte ou seja temos todas as ferramentas necessárias para evoluirmos enquanto atletas.